quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

França planeja construção de usina nuclear submarina



Usina atômica submarina

O grupo francês DCNS (Direction des Constructions Navales et Services) anunciou que está começando a detalhar o projeto de construção de reatores nucleares submarinos, para fornecer eletricidade para regiões costeiras.

Em comunicado, o estaleiro afirma que o projeto, batizado de FlexBlue. é uma "resposta aos desafios da crescente demanda global de energia e dos renovados interesses na energia nuclear, que reduz a emissão de gases de efeito estufa e ajuda a poupar os combustíveis fósseis".

Os estudos deverão durar dois anos, e só depois disso a empresa decidirá sobre a construção de um protótipo.

Reator submarino

A usina nuclear submarina será uma espécie de submarino estacionário, com 100 metros de comprimento e de 12 a 15 metros de diâmetro.

Ela ficará no leito oceânico, a uma profundidade entre 60 e 100 metros. A água do mar serviria como um gigantesco radiador, um meio de resfriamento ilimitado para a usina. O quanto esse calor impactaria a vida marinha ao redor ainda é uma questão a ser estudada.

Com uma massa de 12.000 toneladas, o FlexBlue terá em seu interior o reator nuclear, semelhante ao usado em submarinos e navios quebra-gelo, um turbo- alternador e todos os sistemas auxiliares de potência.

A energia gerada será levada por meio cabos submarino até o continente. Cada reator FlexBlue poderá gerar de 50 a 250 MW.

Destacando que três quartos da população do mundo vivem a até 80 quilômetros da costa, a DCNS afirma que o reator submarino poderá ficar a uma distância entre cinco e 15 km da costa.

Segurança

Depois de fabricado em um estaleiro, o FlexBlue será levado de navio até o ponto de instalação. Acionado por motores próprios, ele será guiado por controle remoto até seu ponto definitivo de instalação.

Recentemente a Rússia apresentou o projeto de uma usina nuclear flutuante.

Mas a DCNS afirma que uma usina submarina é mais segura, por não estar sujeita a terremotos, tsunamis ou enchentes e por ser menos vulnerável a "ataques voluntários". No caso de defeitos, a usina-submarino vai até a superfície, onde é recolhida por um navio e levada ao estaleiro para conserto.

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